sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Parte 24

Assim que voltei a borda soltei um grito. Olhei pra minha pele e ela tava muito vermelha, minhas narinas doíam como se não fosse parar mais. Então o pedro veio correndo na minha direção, ele parecia estar bem melhor.
- amor, amoor.. que que foi ? :O -
- gente não dá pra eu pegar as três flores sozinha, a água tem uma espécie de ácido muito forte que me queimou inteira! Dá pra eu pegar a azul e voltar, mas a vermelha e a verde não dá. Tem que ser cada um pega uma flor. E um fica aqui pra cuidar de quem voltar. Eu sugiro, que a sofia fique pra cuidar de quem voltar. - ela tremia muito, ia se desesperar dentro do rio :T
- concordo amor, mas acho que agora você descansa e pega a última flor.. é o tempo dá sua pele melhorar D: - é verdade
- tá bom pedro, ó a flor azul tá ali - apontei - mergulha rápido e volta e não engula água nenhuma. -
- tá bom - ele falou concentrado, e tirando os sapatos.
Então ele mergulhou, eu fiquei muito aflita porque sabia da dor que ele tava sentindo. Foi quando a mão dele emergiu com a flor azul na mão, eu corri e segurei ele e a flor. Ele tava muito vermelho, mas aparentemente feliz.
- AÊ PEGUEEEEI! Õ/ menos uma *-* - nem parecia que ele tava sentindo dor.
- parabéns amoor *-* mas onde que dói ? me fala D: - eu ainda tava preocupada. Enquanto o pedro me falava como tinha sido, o beto se preparava pra entrar no rio. Então eu tive uma idéia.
- Beto, espera. Vamo procurar primeiro a flor, porque é perigoso demais você entrar lá e ainda ficar procurando ela. Agente acha, você megulha e sai mais rápido. - não seria justo ele ainda ter que procurar a flor.
Então saímos na margem do rio, procurando por qualquer vestígio verde diferente. Senti que essa ia ser a mais dificil, porque praticamente todo o fundo do rio era meio verde. Agente demorou uns 15 minutos pra achar a flor, mas achamos. Disse ao beto onde estava e ele mergulhou. Demorou uns 40s e subiu de volta com a flor verde na mão. Ele também estava bem vermelho, e a sofia correu pra dar um abraço nele. Pegamos a flor verde e juntamos com a azul. Agora era a minha vez, só faltava a vermelha. Fomos procurar novamente, e gastamos dessa vez uns 20 minutos. Ela estava bem distante do local de partida, e como a água ali não estava tão clara percebi que deveria ter mais ácido ali que o normal. Mas eu tinha que ir. Respirei fundo, tirei meus sapatos e mergulhei. Eu estava certa, a água ali queimava mais que tudo. Meus olhos começaram a arder, e como eu estava com a mão estendida pra pegar a flor vermelha, a ponta dos meus dedos pareciam que iam derreter. Foi quando eu vi que todo aquele ácido vinha da flor.
Queria me desesperar e gritar, mas eu lembrei que tinha que ficar com a boca fechada. Fechei os olhos que estavam ardendo muito, e tentei me esquecer de tudo. Fui só tateando e toquei na flor. No mesmo instante ela me queimou. Mas eu não podia simplesmente deixar ela lá, ou todo esforço seria em vão. Esqueci da dor, peguei a flor e puxei ela. Nadei o mais depressa que pude pra cima, com a minha mão pegando fogo, emergi minha cabeça e gritei de dor. Finalmente pude gritar. O pedro pegou a flor da minha mão, jogou ela pro lado e veio em minha direçao pra me tirar do rio. Eu percebia tudo meio inconcientemente, a dor tomava conta de mim, então eu não via mais nada.

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